Crônicas




CRÔNICA

Vida moderna e sustentabilidade


                            

                                                   
                                                                   O café da manhã   

 




Amanhece o dia na casa de dona Maria, senhora idosa, lá pelos seus 75 anos, que já viveu bons tempos para nos contar muitas histórias da nossa cidade.  Lá no canto da cozinha, encontra-se o fogão, com a chaleira a vapor para preparar o delicioso café mineiro.  Ela pega o coador, ainda feito de pano, como nos velhos tempos. Dona Maria diz que o café feito assim é mais saboroso. O cheiro do café é realmente delicioso, ela conhece bem o bom café, pois é filha de fazendeiro que produzia café.  Embaixo da janela, em uma fresta de sol, está o gato deitado bem sossegado, descansando não sei do que. Dona Maria havia preparado as quitandas de véspera, como é de seu costume. Ela abriu o armário, pegou o bolo de fubá, as rosquinhas de nata e o pão caseiro.  O leite, a manteiga  e o  famoso queijo mineiro ela retirou da geladeira.   Está aí, formado, um tradicional café da manhã mineiro, não esquecendo que outras  delícias fazem parte de nosso cardápio, como o pão de queijo.  Dona Maria aguarda o seu Anselmo que estava aguando sua pequena horta de alface, couve, cheiro-verde e algumas plantinhas medicinais como hortelã e capim-limão (popularmente conhecida como erva cidreira). Ele tem o maior dengo com sua horta. Lá fora, encontra-se também o Sócrates (velho cachorro da casa) e algumas aves, como a maritaca e o sabiá, que cantam  no pé da goiabeira.  Senhor Anselmo entra pela porta da cozinha e se senta junto com dona Maria para tomarem o café da manhã.  Este ritual permanece assim, por muitos anos, desde que seus filhos eram pequenos. Hoje, estão todos nas suas vidas, casados, em suas próprias casas, e com seus próprios filhos, netos de dona Maria.  Para eles, o café da manhã é bem diferente do de sua mãe. Com certeza, abrem um pote de café solúvel, ou ainda, usam uma cafeteira elétrica, comem pães e bolachas de supermercados.  
Nossa cidade cresceu... cresceu... mudou suas paisagens, seu jeito de ser.
Hoje em dia, a vida moderna nos proporciona muitas facilidades devido às preocupações e correrias para o trabalho, porém modificou a nossa cultura.
 No jardim onde havia grandes rosas,  hoje se tem rosas pequeninas. O velho casarão se tornou um edifício. As ruas de pedras se tornaram asfalto.  As serras se tornaram bairros inteiros e  alguns rios ficaram encobertos sem respiração.  Nas ruas, milhares de carros trafegam sem muita preocupação com a poluição e com os congestionamentos. Andar a pé é para poucos.
Todavia,  a cidade continua  bonita  mesmo assim!  Sabe por quê?  Por causa do verde das árvores, dos jardins e da serra de São Domingos.  É raro uma cidade com belezas assim!
Preservar o que nos resta é essencialmente necessário, evolução requer sensibilidade ao meio em que se vive, para participar das transformações e buscar o melhor pra gente.

Autoria e fotos: Sirlei Ramos – 29 de Agosto de 2012.   Esta crônica é uma ficção da realidade do modo de viver na nossa cidade, entre o antigo e o contemporâneo.












Insetos de estimação
Quando vejo os maribondos entrando na sala, me preocupo o que fazer? Estou sem  inseticida. Daí eu me acalmo e tento tocá-los para fora, mas o perigo de levar uma picada me retrocede, Já é tarde, vou dormir, amanhã espero que eles vão  se embora.  Quando amanhece o dia, me recordo do evento anterior e já me preocupo, e ,   em seguida me alegro quando vejo nas teias da aranha os coitados dos marimbondos enrascados e mortos.  Por sorte, hesitei em tirar a teia de aranha da sala no dia anterior,  foi  minha salvação,  assim, me livrei dos   marimbondos.  A  vida passa na interior de nossas casas sem nós percebemos  que temos alguns ajudantes naturais,  a lagartixa e a aranha,   que acabam sendo  amigas de estimação. Uii!! E que dupla  importante aqui na minha casa , me protegem  dos afiados ferrões  dos  marimbondos  e das picadas doloridas dos pernilongos . Não me esquecendo que aranha pica também.



Sirlei  Ramos
























































































Nenhum comentário:

Postar um comentário